Foi publicado no site da Agência Bori uma pesquisa conjunta do Instituto Tecnológico Vale, da Universidade Federal do Pará (UFPA), e a empresa Soluções em Geoinformação (Solved) mapeou a extensão dos manguezais na costa brasileira, utilizando dados de 2008 a 2016. O estudo, baseado em sensoriamento remoto, destacou uma preocupante redução de 34 quilômetros quadrados nos manguezais das regiões Sul e Sudeste do Brasil durante esse período.
Segundo a análise, todos os estados litorâneos do Sul e Sudeste, com exceção do Rio de Janeiro, apresentaram uma perda de 4% na cobertura de manguezais. O método utilizado na pesquisa, chamado Análise Baseada em Objetos Geográficos (GEOBIA), empregou imagens de satélites radares e ópticos, bem como dados coletados em campo, proporcionando uma visão mais precisa e integrada.
Os manguezais desempenham papéis cruciais na proteção costeira, conservação de habitats marinhos e captura de carbono atmosférico. Pedro Walfir Souza-Filho, autor do estudo e pesquisador da UFPA e ITV, ressalta a importância desses ecossistemas e destaca que a perda observada pode ter sido influenciada pela urbanização e atividades portuárias na zona costeira.
Em contraste, o Nordeste manteve a estabilidade em suas áreas de mangue, enquanto o Norte registrou um crescimento de aproximadamente 10%. Os pesquisadores acreditam que os resultados podem orientar políticas de conservação e destacam a eficácia do método de monitoramento utilizado, considerando-o uma ferramenta valiosa para preservar os manguezais.
Os cientistas planejam continuar a pesquisa, atualizando o mapeamento anualmente para compreender as tendências atuais e contribuir para a preservação desses ecossistemas vitais no Brasil. Os resultados do estudo foram publicados na revista “Anais da Academia Brasileira de Ciências“
Para ler o texto completo acesse o site da Agência Bori: aqui.