Foto por Miguel Aun

Um estudo publicado na revista “Restoration Ecology”, este mês, investigou a restauração inicial de áreas degradadas na Amazônia Oriental. Realizado pelo ITV DS, Museu Paraense Emílio Goeldi, UFPA e UFMG, a pesquisa identificou 10 espécies de plantas e 10 de abelhas capazes de formar redes ecológicas essenciais para a recuperação ambiental.  

As amostras registraram 1260 interações ecológicas, envolvendo 118 espécies de plantas, 137 de abelhas e 51 de vespas, na Floresta de Carajás. Entre as plantas destacam-se o urucum (Bixa orellana), o muricí-da-praia (Byrsonima stipulacea) e o fedegoso-gigante (Senna alata). Nas abelhas, sobressaíram a uruçu boca de renda (Melipona seminigra), a abelha-borá (Tetragona clavipes) e a jataí (Tetragonisca angustula). 

O estudo analisou como as interações ecológicas evoluem após a restauração, fornecendo uma estrutura para selecionar espécies-chave. Foram selecionados uma cronossequência de 25 áreas incluindo restauração de terras mineradas, (areia e minério de ferro) e compararam essas cronossequências com locais de floresta intocada, entre abril de 2018 e outubro de 2019. 

Segundo o pesquisador bolsista do ITV, Rafael Cabral Borges, e principal autor do estudo desenvolvido no projeto “Capital Natural”, o objetivo é unir ciência e prática para embasar projetos de restauração, beneficiando tanto pequenos agricultores quanto grandes empreendimentos, como mineradoras, ao integrar conhecimento científico na tomada de decisões ambientais. 

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