Operação Verde Brasil,Garimpo ilegal, Marabá

Artigo publicado na revista cientifica “Environmental Pollution” é notícia no site da Agência Bori

O artigo é resultado de uma avaliação na qualidade da água em algumas regiões da bacia do rio Itacaiúnas, afluente do Rio Tocantins que variou de boa para muito ruim em apenas cinco anos devido ao aumento do garimpo na Província Mineral de Carajás, no Pará. A pesquisa é uma realização da parceria entre pesquisadores do Instituto Tecnológico do Vale (ITV), Universidade Federal do Pará (UFPA), Universidade Federal da Amazônia (UFAM) e Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM) em parceria com cientistas da Universidade Central de Punjab, na Índia.

A pesquisa, publicado na revista “Environmental Pollution”, identificou que a principal causa da queda na qualidade da água é o crescimento do garimpo na região. Com o auxílio de imagens de satélite, os pesquisadores constataram entre 2017 e 2021 o crescimento de 1500 hectares (2883%) de cicatrizes deixadas pelo garimpo, área equivalente a 2100 campos de futebol. Além disso, a piora na qualidade da água é mais intensa no período chuvoso, devido à diminuição da capacidade da terra de absorver a água da chuva.

A poluição dos garimpos representa uma ameaça à saúde das comunidades locais, que utilizam as águas dos rios para diversas finalidades, inclusive para consumo humano. As plumas de sedimentos geradas pelas atividades garimpeiras viajam a longas distâncias, alcançando a cidade de Marabá, no sudeste do Pará.

A equipe de pesquisa pretende aumentar os pontos de coleta de águas para 70 e continuar a monitorar a atividade garimpeira nos próximos anos, a fim de pensar em soluções de combate ao garimpo e mineração ilegal na região.

A reportagem pode ser conferida: aqui.

O artigo está disponível: aqui.