20/06/2017

No mês em que a Vale completa 75 anos, o Instituto Tecnológico Vale (ITV) preparou uma série de matérias especiais para apresentar algumas iniciativas que estão contribuindo para a construção da mineração do futuro.
Um dos focos das pesquisas do ITV é a redução dos custos operacionais da Vale por meio de inovações, como é o caso dos projetos desenvolvidos pela equipe de Tribologia do Instituto Tecnológico Vale em Ouro Preto, Minas Gerais.
Com o objetivo de reduzir o custo das bolas de moinhos, a área de Tribologia está desenvolvendo o projeto Tecnobolas, em parceria com o Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT) e da área de processamento de minério de ferro da Vale em Itabira.
As bolas de moinhos são utilizadas para moer o minério por ação de impacto e esfregamento. Elas são fabricadas com elementos de liga de alto custo, dos quais o mais importante é o cromo. A Vale utiliza, atualmente, em todas as suas instalações, cerca de 100 mil toneladas de bolas, de diversos materiais, que são um dos itens de maior custo nas operações de moagem de minério.
De acordo com o Pesquisador Titular da área de Tribologia, Amilton Sinatora, uma das principais metas do projeto é conseguir a fabricação de bolas com gusa de baixo custo (produzido por uma empresa da Vale, a Tecnored) e menor teor de cromo.
Atualmente, já estão sendo testadas bolas fundidas no IPT com teores de 4, 7 e 10% de cromo, para moagem do minério de ferro de Itabira, em um moinho em escala piloto. E paralelamente também estão sendo realizados testes em Itabira.
“O que se pretende é ter uma bola de maior durabilidade e que mantenha a mesma eficiência de moagem, além de ter um custo de fabricação mais baixo do que o atual”, avalia.

Conheça mais um projeto:

Solda de trilhos

Outro projeto que está sendo desenvolvido pela área de Tribologia é o Solda Aluminotérmica de Trilhos, que tem como objetivo estabelecer as melhores condições de processo de soldagem. As soldas aluminotérmicas são usadas na montagem dos trilhos e nas operações de manutenção. Anualmente, a Vale realiza milhares de solda desse tipo, daí a importância do projeto.

Realizado em parceria com a Universidade Federal de Juiz de Fora, o projeto faz parte da iniciativa de pesquisa da Cátedra Roda Trilho, que envolve a Vale e as universidades de São Paulo (USP, que é a instituição âncora), do Pará (UFPA), do Espírito Santo (UFES), Minas Gerais (UFJF), Campinas (Universidade Estadual de Campinas) e o campus de Medellín da Universidade Nacional da Colômbia (como instituição colaboradora).

Resultado:

Como resultado do projeto, foi realizado um curso sobre soldagem para profissionais da Estrada de Ferro Carajás (EFC) e foram revisados os processos de soldagem aluminotérmica. Também foi feito um planejamento de experimentos com a equipe da EFC delimitando as condições de operação da ferrovia, tais como teor de carbono dos trilhos e afastamento entre trilhos na soldagem. “Buscamos ter uma qualidade de soldagem que permita uma maior durabilidade das soldas. A perspectiva, para o futuro, é que se possa determinar mudanças nos materiais de soldagem que serão demandados pela Vale numa área de operação tão crítica como a ferrovia”, afirma Sinatora.